quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Sobrevivências – Introdução a Obadias. Milton Schwantes


Revista Theos – Revista de Reflexão Teológica da Faculdade Teológica Batista de Campinas. Campinas: 5ª Edição, V.4 - Nº2 – Dezembro de 2008.

Resumo
Os conteúdos do livro de Obadias, o menor dentre os Doze Profetas, refletem a situação em Jerusalém após sua destruição em 587 aC: grupos edomitas haviam assistido à ruína da cidade e perseguido os sobreviventes. Para a interpretação, é decisivo perceber que Obadias vê (seu livro é uma “visão”) a realidade de seus dias a partir dos fugitivos, aqueles cuja vida foi poupada em meio à ruína. Seu livro manifesta o direito à vida dos fugitivos, e nisso está na tradição de Jeremias (veja em especial Jr 37–45).
Palavras-chaves: Obadias – Edomitas – fugitivos.


Origem dos textos. Milton Schwantes


Revista Caminhando v. 17, n. 2, p. 13-19, jul./dez. 2012

Resumo
Este ensaio pretende discorrer sobre a origem do texto de Êxodo 1-15, deslocando-o do contexto da teoria das fontes e inserindo a discussão a partir das vertentes sociais e econômicas que proporcionaram a geração do texto. Discorre, assim, pelo conceito da guerra santa nos ambientes tribais, pela realidade dos trabalhadores oprimidos pela escravidão e trabalhos forçados e pela presença das mulheres em momentos decisivos da história do povo, além das questões proféticas e de memória. Essas chaves de leitura pretendem, assim, situar o estudo das origens dos textos de Êxodo 1-15, sem focar na busca pela autoria do mesmo.
Palavras-chave: Hermenêutica bíblica; êxodo 1 a 15; Autoria(s) de Êxodo; trabalhadores forçados em Êxodo; mulher em Êxodo.


Bíblia e Lutero. Milton Schwantes


Revista Caminhando, v. 2, n. 2 [n. 3], p. 30-33, 2010

Resumo
O autor apresenta a hermenêutica de Lutero, o doutor em Bíblia da universidade de Wittenberg, em três temas: Lutero propagou a escritura, Lutero promoveu o retorno ás fontes, Lutero desafiou a entender a escritura a partir de seu eixo “o que promove Cristo”.
Palavras-chave: Martinho Lutero; Bíblia; hermenêutica; teologia da libertação tradução da Bíblia.


O rei-messias em Jerusalém: Observações sobre o messianismo davídico nos Salmos 2 e 110. Milton Schwantes


Revista Caminhando v. 13, n. 21, jan - jun 2008

Resumo
Vários são os salmos que podemos designar de messiânicos. Entre eles estão principalmente aqueles que, dando destaque ao messias da linhagem davídica, situam-se no ambiente de conteúdos e características da teologia de Jerusalém. É este o aspecto que o presente ensaio quer realçar, em relação a dois salmos: Salmo 2 e 110. Um dos contornos do messianismo jerosalemita é a violência associada a conteúdos de matiz messiânico-monárquico.

Palavras-chave: Messianismo – Messias - templo – Salmo 2 – Salmo 110 – davidismo.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Convite à compaixão: Interpretação e meditação a partir de Jonas 4.1-11. Milton Schwantes


Revista Caminhando v. 11, n. 18, p. 13-24, jul–dez 2006

Resumo
Esta reflexão se situa no espaço do ecumenismo. Resulta de um estudo bíblico no ambiente da 9ª Assembléia Geral do Conselho Mundial de Igrejas, realizada em fevereiro de 2006, em Porto Algere/RS. Jonas 4,1-11 realça que o convite à conversão inclui todas as pessoas, em especial também os estrangeiros. Quem não está entendendo esta potencialidade da palavra profética é ‘Jonas’, a comunidade pós-exílica.
Palavras chave: Jonas – profecia – conversão – respeito às nações – ecumenismo.



Comentários introdutórios sobre Josué e Juízes: Introdução ao texto bíblico. Milton Schwantes


Revista Caminhando v. 12, n. 19, p. 15-28, jan-jun 2007

Resumo
O autor introduz a estes primeiros dois livros da obra deutereonomista e destingue três unidades maiores de sentido: Js 1-12 (terra como dádiva de Deus), Js 13 até Jz 2 (terra distribuída: dádiva de Deus) e Jz 3-21 (guerra de defesa que liberta do saque). Josué e Juízes representam a utopia profética. A esperança não vem depois do fim, mas reside no começo da vida, aqui dos caminhos do povo de Israel. No cânon hebraico, Josué e Juízes são parte dos livros proféticos!

Palavras chave: Bíblia – Josué – Juízes – obra deuterenomista – utopia – guerra santa – conquista – terra – libertadores.

“E de suas raízes um renovo trará fruto”: o messias no Espírito em defesa dos pobres em 11.1-5 (6-9). Milton Schwantes


Revista Caminhando v. 14, n. 1, p. 15-21, jan. jun. 2009

RESUMO
Neste breve ensaio, o enfoque recai sobre a ênfase messiânica de Isaías 11.1-5; não se trata, pois, de uma análise mais detalhada dos variados aspectos da perícope. Concluo que, à semelhança de Isaías 7.10-17 e de 9.1-6, não se deve querer situar esse messianismo isaiânico no espaço da ideologia monárquica e palaciana davídica. No caso de 11.1-5, as tradições nem mesmo são belemitas (como em Mq 5.1-5) ou urbanas, mas eminentemente sapienciais (veja v. 2) e centradas em palavra e tradições proféticas (v. 4-5).
Palavras-chave: messias – messianismo – esperança – pobres – justiça.



Fé e ética na atuação política: Anotações à luz de trechos bíblicos. Milton Schwantes


Observatório da religião, Vl. 1, Nª1, Jan/Jun 2014

Resumo
Nestas minhas reflexões expressaria minha dúvida sobre o moralismo e mesmo sobre a moral, porque nela prevalecem imposições e autoritarismo, que exigimos de outros sem alcançarmos, nos mesmos, a adequarmos a elas! É que a fé não se constitui de catálogos de moral, antes de um evento da gratuidade e da graça. Este é nosso primeiro item: “o justo vive na fé”, e, por isso, se esmera em adequar-se à justiça e à verdade.
Palavras-Chave: Justiça, Religião, Fé.


Observação: A publicação desse texto torna-se uma homenagem póstuma ao referido professor Milton, falecido em 01 de março de 2012.

Sabedoria: textos periféricos? Milton Schwantes


Estudos de Religião, Ano XXII, n. 34, 53-69, jan/jun. 2008

Resumo
A terceira parte do cânon hebraico, chamada de Escritos/Ketubim, tende a ser pouco estudada e valorizada. Isso vale em especial para os livros das tradições da sabedoria. Um dos motivos reside na teologia sapiencial que se concentra da teologia da criação. O presente ensaio propõe dar especial atenção justamente aos livros sapienciais, justamente porque correlaciona sua religião com a de outros povos e religiões.

Palavras chave: Sabedoria; Provérbios; Sentenças; Teologia da criação; Secularidade.

Uma parábola sobre a injustiça: exegese sociocrítica de 2 Samuel 12.1-4. Milton Schwantes


Estudos de Religião, Ano XXI, n. 32, 183-194, jan/jun 2007

Resumo
A profecia é um fenômeno típico do Antigo Oriente, mas a ele não se restringe. Nas Escrituras judaicas e cristãs, assumiu um papel muito peculiar. Religião, nessa versão judaíta-cristã, é nitidamente profética. O presente ensaio visibiliza uma das atuações proféticas mais antigas, a do profeta Natã, em 2 Samuel 12, 1-4, mostrando, por um lado, seu vigor de radical oposição à monarquia, mas indicando, ao mesmo tempo, sua fragilidade diante de um poder corrupto.
Palavras-chave: profecia; Natã; ameaças ao Estado; monarquia e profecia; hermenêutica social.



Jacó, homem íntegro: reflexões exegéticas sobre Gênesis 25.19-34: Milton Schwantes


Estudos de Religião, Ano XXII, n. 35, 137-157, jul/dez. 2008

Resumo
Em Gênesis 25.19-34 temos a introdução ao ciclo narrativo dos caps. 25-36, sendo, pois, semelhante a 11.27-12.9; 12.10-20, em relação aos caps. 12-25. Aí se mencionam conteúdos similares ao cap. 27. As duas breves narrações em questão (25.19-26; 27-34) apresentam-nos Esaú e Jacó no contexto de suas origens familiares. A redação desta parcela de introdução deve ser de tempos próximos ao exílio, no exílio ou nos tempos imediatamente posteriores; o conflito entre Esaú/Edom e Judá marca esta época, em especial no sul de Judá e no Neguebe. Estes nossos versículos fizeram-se necessários possivelmente porque, à diferença do cap. 27, antigo e, em todo caso, pré-exílico, as tensões entre ambos os povos tornaram-se conflituosas em torno das terras do sul judaíta. Assim se entende por que a confrontação é núcleo (v. 23) da primeira “cena” (v. 19-26)! E assim se entende também por que Jacó insiste de maneira tão metódica na obtenção da primogenitura, enquanto Esaú pouco luta por si mesmo!
Palavras-chave: Gênesis 25.19-34 – Israel – Edom – Exegese – Narração.



Natã precisa de Davi: Na esperança da igreja profética. Milton Schwantes


Revista Estudos Teológicos, Vol. 18, Nª 3 (1978).

Conferência inaugural na Faculdade de Teologia da IECLB, proferida a 11 de outubro-de 1978.
Corre por aí a palavra de que a igreja é e precisa ser profética. Essa procura por uma igreja profética, sem dúvida, cresceu na nossa situação. É a inquietude de nosso continente. E, em nosso ambiente, a palavra da igreja profética tem sido, necessariamente, uma palavra crítica, na esperança de que na igreja - desde as diretorias das comunidades até a direção geral – tudo esteja voltado para o povo de Deus, para que o crucificado, e não o poderoso, seja ouvido. Nem de longe, porém, é essa hoje a única maneira, em que se descreve a igreja profética. Essa palavra da igreja profética tornou-se frequente. E vai sendo usada de várias maneiras.



A Cidade e a Torre (Gn 11.1-9): Exercícios hermenêuticos. Milton Schwantes


Publicano na revista Estudos Teológicos, Vol. 21, Nª2 (1981).

A hermenêutica bíblica é foco de atrito. Tempos passaram, em que na área da exegese havia bem menos turbulência. Foram épocas de certa calmaria em torno do método histórico-crítico. Os tempos mudaram. O prisma da hermenêutica projeta uma gama de posições. Uma interpretação dogmatizante parece ressurgir em meio tanto à agonia quanto, contraditoriamente, ao revigoramento da leitura histórico-crítica. Revive com entusiasmo uma leitura piedosa voltada com ênfase para as experiências pessoais e interessada com vigor no aspecto simbólico dos textos.
O conteúdo básico desse estudo foi apresentado em várias oportunidades, entre elas o Curso de Extensão Universitária sobre Pastoral Popular Libertadora (Porto Alegre/RS) e a Consulta sobre a Participação das Igrejas em Programas e Projetos de Desenvolvimento na América Latina do Conselho Mundial de Igrejas (em Itaici/SP). A gradeço a quem nestas e em outras ocasiões contribuiu com suas ponderações e críticas para a confecção desse texto.





Salmo 24: Uma Liturgia Singular. Milton Schwantes


Estudos Teológicos, Vol. 22, Nª 3 (1982).

A título de introdução saliento que o presente estudo foi elaborado no contexto do tema da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil para 1982: “Terra de Deus — Terra para Todos. O lema bíblico escolhido para este tema provém do SI 24: Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém”.
Proponho-me uma avaliação exegética deste belo salmo. Minha preocupação não será a de especificar o significado do tema para nossa igreja, já que neste sentido o Centro de Elaboração de Material tem editado excelente material. Posso, pois, concentrar-me no aprofundamento exegético.

No decorrer do estudo fui percebendo que as interpretações que Lutero dava ao SI 24 continuam sendo de interessante atualidade. Início, pois, com a tradução de algumas das passagens que me foram mais significativas.

Profecia e Estado: Uma proposta para a hermenêutica profética dedicado ao amigo e colega Erhard S. Gerstenberger. Milton Schwantes


Em Estudos Teológicos, Vol. 22, Nª 2 (1982).

Em lugar de uma introdução mais explícita, aponto para a exposição do primeiro palestrante deste nosso Ciclo de Palestras. O Pastor Orvandil Barbosa nos situou muito bem quanto ao sentido atual da igreja profética lembro tão somente duas de suas colocações: (1) Orvandil afirmava que nosso assunto ‘é o tema do dia a dia da vida da gente', mostrando, deste modo, que nossa temática não é uma elaboração geral, mas uma experiência pessoal do cristão em meio às lutas do povo brasileiro. (2) E expunha também que ‘o Estado que aí está não condiz nem ao povo e nem a seu projeto profético’. Estas colocações elucidam que a relação entre Igreja e Estado se evidencia como conflitiva na medida em que está enraizada na situação profética do povo.



terça-feira, 9 de agosto de 2016

A Cidade da Justiça: Estudo Exegético de Is 1. 21-28. Dedicado ao Prof. D. Hans Walter Wolff pela passagem de seu 70ª aniversário. Milton Schwantes.

Estudos Teológicos VOL. 22, NO 1 (1982).

Este estudo provém de um duplo interesse:
Por um lado, estou empenhado em auscultar as profecias de Isaías. Tradicionalmente é o profeta do messianismo. Na atualidade as comunidades cristãs em meio a este nosso povo sofrido estão à escuta atenta deste profeta, da “palavra que Isaías viu” (2.1). A metodologia exegética poderia favorecer, talvez aguçar e radicalizar esta escuta; em especial, ela há de entrar num novo aprendizado que se impõe devido aos compromissos de atuação transformadora que as comunidades cristãs assumem. Que impulsos nos vem deste Isaías que tanto falou do novo, do projeto revolucionário?
Por outro lado, estou empenhado em clarear o jeito de ler textos vétero-testamentários, a partir do original hebraico. A metodologia exegética tem tradição secular; diversos são os passos exegéticos propostos. Que metodologia se poderia exercitar para que, ao mesmo tempo, não se perca de vista a profundidade teológica do texto e nem se caia no perigo de esfacelar a interpretação em fragmentos exegéticos?

O exercício que a seguir desenvolvo é, pois, uma procura em dupla direção; o projeto revolucionário de Isaías e a leitura criteriosa de um texto bíblico. Por certo que não é chegada, mas um ponto na caminhada.

“Da Boca de Pequeninos...” (enfoques antropológicos). Milton Schwantes

Publicado em Estudos Teológicos Vol. 24, No 2 (1984).

Breve Resumo
A tarefa, a mim colocada, requer uma interação entre agenda do mundo e agenda de igreja. Por isso não me proponho a intentar deduzir questões circunstanciais da responsabilidade ética, na política e ecologia, da reflexão sobre “o homem, coroa da criação”, porque, neste caso, correríamos o risco de dar-nos por satisfeitos com uma posterior contextualização da reflexão teológica e as práticas históricas latino-americanas.






A Gloria dos Governantes: Consiste em investigar a Corrupção. Um estudo de Provérbios 25. Milton Schwantes

Estudo sobre o capítulo 25 de Provérbios publicano na revista Estudos Teológicos VOL. 24, NO 1 (1984).

Breve Resumo
Tratar-se-ia de “provérbios de Salomão”. Esta expressão não necessariamente tem que ser entendida no sentido de que o rei Salomão do 10ª século é autor ou formulador dos provérbios, ainda que passagens como 1 Rs 5.9-14 (=4.29-34 em Almeida) assim o sugiram. Historicamente há de ter sido assim que, durante o reinado salomônico, ocorreu, no âmbito da corte, um incentivo à formação de pessoas letradas, de escribas e sábios, necessários na política e no comércio nacionais e internacionais. Na alfabetização e formação de tais funcionários eram usados, como em todo Antigo Oriente, preferencialmente textos sapienciais. Neste contexto passou-se a falar da sabedoria de Salomão.

A Herança de Javé: Meditando o Salmo 127. Milton Schwantes

Interpretação do Salmo 127 feita pelo prof. Milton.
ESTUDOS TEOLÓGICOS, VOL. 27, NO 2 (1987)

1. Cântico de peregrinação. De Salomão.
Se Javé não construir a casa,
em vão se esforçam os que a constroem.
Se Javé não guardar a cidade,
em vão vigia a sentinela.
2. Em vão vos será: adiantar o levantar,
atrasar o deitar, comer o pão da amargura.
A o seu amado ele o dá enquanto dorme.
3. Atenção!
A herança de Javé são os filhos.
Recompensa é o fruto do ventre.
4. Como flechas na mão do guerreiro,
assim são os filhos da juventude.
5. Feliz o homem que deles encheu sua aljava:
Não será envergonhado ao litigar com inimigos no
portão.

Resumo
O texto parece ser claro. E a impressão que se tem após um a primeira leitura. E, de fato, cada um dos versículos é transparente, é inteligível. A dificuldade aparece, quando se pergunta pelo objetivo do todo.
Qual é o sentido do conjunto do salmo? Em consequência, nossa tarefa consiste, por um lado, da análise das diferentes partes e, por outro lado, da verificação do alvo do conjunto.




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